estou num daqueles momentos, ínfimos e efémeros,
em que tudo à minha volta irradia felicidade,
tranquilidade, oh, tanta tranquilidade...
Quem me dera poder guardar esta sensação numa caixinha,
bem fechadinha,
colocava-a na minha secretária e, quando chegasse a casa tão triste,
tão só,
pudesse eu agarrá-la e beber, de um trago,
a sua energia,
e novamente sentir esta irradiante alegria...
Deve ser isto ser bipolar,
um dia a felicidade extrema, no outro a depressão suicidária,
num dia o sorriso rasgado, a música celestial, o sol, o fazer e refazer amor,
no outro as trevas, o isolamento, o afogamento das ilusões, a mágoa.
A vida é bela, por vezes, esse momento, esse piscar de olhos, esse vislumbre, esse prenúcio,
tão bom, tão bom, tudo faz sentido
mas, no fundo,
é estúpida, porque estúpido é o nonsense, o encontrar sem procurar,
o achar, assim, sem mais, pura sorte?
Nunca saberemos, algum sentido haverá, talvez,
e por vezes é pleno, total, místico e harmónico.
Como este meu querido mês de Agosto,
ainda bem que o vivi...
Deixem-me inspirar profundamente, antes que venha o Inverno.
Obrigado vida, por me teres deixado crescer.
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