sexta-feira, 13 de maio de 2011


Maio


Definitivamente,

a vida é devir,

permanência, persistência, renovação, previsão, ciclo, definição e memória.

Maio,
viril,
ei-lo, mês cheio, pleno, pujante, prometido e anunciado,

Tudo queremos,
perdoamos,
desejamos e
aspiramos.

Não é só, mas também é, primavera, calor, luz, porta do verão, inspiração, volúpia, irradiação...

Vai-te inverno, ainda não foi desta que me apanhaste,
mas alguém se suicida em maio?

Pudesse eu escolher, nasceria num destes longos dias, anunciando a todos, confiante,
adeus depressão,
sou eu,
novamente,
os bichos e os fantasmas partiram apenumbrar outra alma,
coitada, que isto sobra sempre para alguém.

Vejo e sinto e quero e cheiro,
basta-me e basto-me,
e,
quando tudo basta, tudo temos.

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Vila do Conde, Porto, Portugal
A beleza torna a tristeza suportável.

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